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  • Artigo: Pernambuco é o Nordeste no rádio do futuro

    07/05/2021 - ASSERPE
    Estado é único representante da região nesta data histórica, com início das operações do eFM no Brasil


    Por Nill Júnior *

    Quando o radiotelegrafista Antônio Joaquim Pereira e seus companheiros realizaram em Recife a primeira transmissãode rádio do país, não tinham a percepção real do que aquele gesto representava para a história futura que seria escrita em nosso estado.

    Hoje, 102 anos depois, Pernambuco é um estado que se orgulha do rádio que tem, por seu protagonismo, pujança, qualidade.

    Estamos dentre os maiores produtores de conteúdo do Brasil, com uma qualidade que se afere de ponta a ponta. Da capital ao interior, há profissionais com espertise para ocupar qualquer microfone do país.

    Somos também modelo de gestão e adaptação ao novo. Na pandemia, soubemos adaptar nossos veículos às exigências desse tempo de excepcionalidade. Os ouvintes pernambucanos, dentre os mais fieis ao meio no país, ganharam até o direito de "assistir ao rádio". Do litoral ao sertão os prefixos se reinventaram, adaptando a tradicional "caixinha" aos aplicativos e redes sociais. Assim, não só ouvimos, assistimos aos convidados diariamente, acompanhamos a nossa comunicadora preferida, o nosso âncora, passamos a ter experiências extrassensoriais. O rádio aguçou nossa escuta, visão, até cheiro. Porque pra quem mora longe, por exemplo, ouvir a rádio de sua cidade em um aplicativo remete ao cheiro de sua terra, identidade, preenche a alma.

    Esse ciclo histórico testemunhou a migração do rádio AM, que cumpriu por aqui brilhantemente o seu papel, a ponto de muitos ouvintes, pela proximidade desse veículo com o coração, preferirem aquele chiadinho à qualidade do estéreo. Pedimos perdão à essa saudade e dissemos que era preciso evoluir, que a convergência tecnológica determinava a necessidade de que mudássemos de casa, mas tal qual a família que procura um teto melhor, sem perder nossa identidade e essência.

    Agora, damos um passo definitivo para fincar os pés no futuro. O início das operações em Faixa Estendida no país marca uma nova revolução do meio, aumentando nossas possibilidades, abrindo terreno para a apresentação de nossa qualidade. A abertura da faixa de sintonia de 76,1 a 87,5 MHz nos grandes centros é um grito da radiodifusão. É o rádio dizendo "abram espaço, queremos passar", ocupando um espaço que é seu por direito e necessidade técnica. Assim, a sociedade brasileira ganha no eFM ainda mais opções no seu direito de escolha. É mais um motivo pra gente dizer que não deve haver limites para os veículos de comunicação que não o da liberdade, da democracia e da constituição. O cidadão ganha mais um motivo para se declarar o único responsável por censurar ou aderir a um ou outro veículo. Ele já faz a censura prévia com seu controle remoto, no caso da TV e no botão de sintonia, no caso do rádio. E ninguém mais.

    Pernambuco será o único estado do Nordeste e um dos pouquíssimos no país a iniciar as atividades hoje em Faixa Estendida. Depois de consulta coordenada pela Asserpe, a pedido do Ministério das Comunicações, buscando todas as AMs do Recife, uma emissora, a Rádio Jornal do Commercio, atendeu os critérios e abre os trabalhos na Faixa Estendida, na frequência 76,1 eFM. Também ganhará um canal da EBC, Empresa Brasileira de Comunicação.

    A Asserpe gostaria de ter mais emissoras migrando do AM para a nova faixa, mas entende que não foi fácil diante do tempo hábil, praticamente um mês, com o início das tratativas em 5 de abril, atender as exigências e colocar a nova faixa no ar neste 7 de maio.

    Por isso, mantém o compromisso de acompanhar, assessorar e cobrar o destravar da burocracia e exigências para outros prefixos que estejam com projetos de migração para eFM no Recife.

    Por fim, entende que a adaptação à nova faixa, será mais rápida que se imagina, porque a velocidade da convergência tecnológica chegou antes ao nosso meio. Iniciativas simultâneas como a portaria que obriga os celulares e smarthfones a virem com o chip FM, permitindo acesso gratuito ao rádio, já em adaptação à nova faixa, é só uma prova disso.

    O rádio é indiscutivelmente um dos poucos veículos que fala direto ao coração, à alma do povo. Assim, esse salto de qualidade é nada mais que um encurtar desse caminho. E aqui em Pernambuco, vem com o bônus do compasso do frevo, do nosso forró, do grito de gol que emociona, da prestação de serviço, do cidadão que encontra acolhimento na luta por cidadania, do nosso sotaque incomparável e apaixonado.

    O rádio do futuro começa em Pernambuco!


    * Nill Júnior é presidente da ASSERPE, Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco, membro do Conselho Superior da ABERT e conselheiro da 8a Câmara do CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação da Publicidade, além de Gerente Administrativo da Rádio Pajeú.

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