Uma reunião esta tarde na sede da Federação Pernambucana de Futebol trouxe um recuo em uma decisão tomada desde a quarta rodada do Campeonato Pernambucano: o veto a repórteres de rádio no campo de jogo em partidas com venda de direitos televisivos.
A decisão foi anunciada após pleito e argumentação de ASSERPE, Associação das Empresas de Rádio e Televisão e SERTEPE, Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco, em nome do papel do rádio e da excelente convivência com os veículos de televisão, também afiliados à entidade. Também de nomes da crônica esportiva do estado.
A reunião contou com o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, mais os presidentes das entidades representativas, Nill Júnior e Edmilson Boaviagem. Ainda de Artur Eugênio Matias, presidente da Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos, ABRACE, Cronistas esportivos e representantes de emissoras de rádio e TV que cobrem a competição .
A decisão libera repórteres no campo de jogo para as partidas das semifinais e finais da competição atendendo aos requisitos de credenciamento.
Segundo o presidente da ASSERPE, a medida é um passo importante no reconhecimento do papel da radiodifusão na cobertura da competição, opinião compartilhada com o presidente do SERTEPE. "A medida reconhece o papel dos veículos para a dimensão da competição e história do próprio campeonato. A força do futebol no estado deve muito ao papel exercido pelo rádio", disse o presidente da ASSERPE, que também reconheceu o aprimoramento das transmissões com a chegada da TV. Em Pernambuco, a competição tem tido recordes de audiência na TV, rádio e plataformas digitais.
Segundo o presidente da Federação Pernambucana, a CBF deverá nos próximos anos alterar protocolos de acesso ao gramado, seguindo os padrões internacionais, mas de forma gradativa e em diálogo permanente com as entidades representativas da radiodifusão.