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Apresentação
Criada em 1987, a Associação de Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe) acompanha e incentiva o desenvolvimento do setor em todo o estado. Trabalhando em conjunto com seus associados, a Asserpe oferece uma série de serviços que têm a finalidade de valorizar e engrandecer a radiodifusão da capital ao interior, além de defender os interesses das emissoras e dos radiodifusores.
Hoje, são mais de 80 empresas associadas, entre emissoras de rádio e TV, que contam com o apoio e a credibilidade de uma das mais atuantes associações de comunicação do País. A Asserpe proporciona às emissoras associadas serviços de assessoria jurídica, apoio comunicacional interno e externo, formação para funcionários e gestores das emissoras, além de ter, em seu carro-chefe, o vigor do espírito associativo.
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O Rádio nasceu em Pernambuco
Pernambuco tem uma contribuição determinante para o a história do rádio no Brasil. Aqui, em 6 de abril de 1919, o extinto Jornal do Recife noticiava: "Consoante convocação anterior, realizou-se ontem na Escola Superior de Electricidade, a fundação do Rádio Clube, sob os auspícios de uma plêiade de moços que se dedicam ao estudo da electricidade e da telegrafia sem fio. Ninguém desconhece a utilidade e proveito dessa agremiação, a primeira do gênero fundada no País."
Era o marco inicial de uma conquista de nomes como o radiotelegrafista Antônio Joaquim Pereira. A Rádio Clube foi a pioneira em função de ter feito a primeira transmissão oficial, em um estúdio improvisado na Ponte d'Uchoa, no Recife.
Em fevereiro de 1923, a Rádio Clube de Pernambuco passou a operar com um transmissor de 10 W, tendo sua abrangência aumentada para toda a área do Recife. Toda essa história levantou um amplo debate na sociedade e uma certeza entre estudiosos e pesquisadores: a Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar) atesta que a data de nascimento oficial do rádio no Brasil é 6 de abril de 1919.
A notícia foi localizada em uma microfilmagem do Jornal de Recife, durante pesquisa do professor Pedro Serico Vaz Filho, da Universidade Anhembi Morumbi (UAM), que desde o fim dos anos 1990 investiga a história do rádio. A nova data de aniversário foi corroborada por mais notícias localizadas pelo pesquisador em jornais e revistas, publicados dentro e fora de Pernambuco, inclusive sobre o estatuto da nova emissora.
Jovens curiosos: “Claro que não foi uma rádio com a estrutura que nós temos. Eram jovens estudantes curiosos, que estudavam a radiotelegrafia e resolveram montar uma estação de rádio, [de caráter] bem amador, bem experimental, Mas já deram o título de Rádio Clube de Pernambuco”, disse Vaz Filho em entrevista à Agência Brasil.
Além da investigação em periódicos impressos, o pesquisador reviu a bibliografia a respeito e fez entrevistas com diferentes fontes que testemunharam o funcionamento da Radio Clube ainda na primeira metade do século 20.
“Os preparativos para a fundação da emissora, segundo apuração com o ex-presidente da Rádio, também pesquisador Antonio Camelo, aconteceram na rua das Mangueiras, atualmente rua Leão Coroado, no bairro da Boa Vista”, descreveu à reportagem Vaz Filho. Segundo ele, “a Imprensa Oficial do Estado publicou no dia 7 de abril de 1919, um despacho da prefeitura recifense, doando um pavilhão do Jardim 13 de maio, atualmente Parque 13 de maio para funcionar como sede da Rádio Clube.”
As descobertas de Pedro Vaz Filho sobre a primazia da Rádio Clube confirmam o que o professor, jornalista e radialista, Luiz Maranhão Filho, sempre defendeu. O pai de Maranhão Filho trabalhou na emissora pioneira.
Data avalizada: a Carta de Natal, produzida a partir desse estudo, confirmou: “avalizam essa decisão os dados apresentados há mais de três décadas pelo pesquisador Luiz Maranhão Filho (UFPE) e validados, mais recentemente, pelo pesquisador Pedro Serico Vaz (Anhembi Morumbi).”
O novo entendimento sobre o nascimento do rádio no Brasil muda o conteúdo das aulas dos cursos de jornalismo, audiovisual e publicidade nas faculdades de comunicação.
De acordo com Vaz Filho, o líder da fundação da Rádio Clube de Pernambuco foi o radiotelegrafista e contabilista Augusto Joaquim Ferreira, também de perfil intelectual, mas não acadêmico. “Ele e outros jovens pensaram naquela possibilidade como meio de comunicação, não exatamente para levar educação às pessoas, o objetivo era outro: levar informações”, como ainda se dá hoje no rádio escutado no dial dos aparelhos à pilha ou na podosfera acessada pelos serviços de streaming.
Só isso para explicar porque em Pernambuco o rádio continua sendo um veículo tão forte, popular e protagonista do desenvolvimento do Estado.
Diariamente, dezenas de prefixos estado afora produzem entretenimento, levam informação, prestam serviço e ajudam Pernambuco a ser um estado referência na comunicação no país.
Agregado às novas tecnologias e multiplataformas, o rádio pernambucano é cada vez mais dinâmico, forte, moderno e interativo. Por isso, no radinho, no aplicativo, na web, nas redes sociais, Pernambuco não desliga o rádio!